A revolução do trabalho e das relações profissionais
- Baroncini Consultoria
- 27 de jun. de 2020
- 2 min de leitura

Estamos vivendo uma profunda transformação no ambiente corporativo e nas relações de trabalho.
No Brasil tivemos recentemente uma grande mudança na legislação trabalhista trazendo maior flexibilização na relação entre as partes. Agora com a COVID-19 novas práticas de trabalho foram adotadas com o isolamento social e a legislação teve que, rapidamente, criar regras para que essas novas práticas, ainda mais flexíveis, fossem normatizadas.
O conceito de GIG Economy, representa essa revolução. As relações serão mais fluidas do que no modelo convencional que tem trabalho e horário fixos no escritório da empresa. As hierarquias serão horizontalizadas. Menos salas fechadas e divisórias. O ambiente será de transparência e agilidade, seguindo o modelo das startups.
Os trabalhos sob demanda ou por job, e remunerado pelos serviços prestados crescerão exponencialmente. As pessoas terão múltiplos empregadores, e serão contratadas de forma independente através de plataformas online.
Cada vez mais os profissionais deixarão de ser exclusivos e irão verdadeiramente ser protagonistas da sua carreira, decidindo para quem, quando, como e a que preço prestarão seus serviços.
Os jovens de hoje que estão entrando no mercado de trabalho ou que já ocupam uma posição no mercado, e que serão a mão de obra ativa majoritária neste futuro próximo, não buscam estabilidade como os profissionais do passado.
Pesquisa realizada junto às 150 melhores empresas para se trabalhar no Brasil revelou os 5 principais motivos para permanência na empresa: 1- Possibilidade de Desenvolvimento, 2 - Qualidade de Vida, 3- Valores alinhados com a organização, 4- Remuneração; 5- Estabilidade. As prioridades mudaram e as empresas que não perceberem isso perderão seus talentos.
Isso muda completamente a relação de trabalho. Ela chega com mais independência, autonomia e, no caso brasileiro, riscos a serem considerados pelo profissional que deverá ter disciplina por não receber mais os benefícios previstos na CLT como plano saúde, alimentação, seguro de vida, transporte, aposentadoria, FGTS, etc devendo ele próprio cuidar para que sua renda cubra tais necessidades.
O trabalho em home office já era uma realidade para muita gente, funcionários de multinacionais, startups, freelancers, profissionais liberais, etc já conheciam essa realidade que a pandemia ampliou de maneira abrupta para todos setores de negócio.
E essa realidade veio para ficar. Grandes empresas como Facebook e Google já avisaram que irão deixar a maioria de seus funcionários em home office permanente, mesmo após o afrouxamento da quarentena. A gestora de fundos brasileira XP, e muitas outras empresas no Brasil e no mundo estão seguindo esse caminho ao perceberem que a produtividade de suas equipes aumentou na modalidade home office. Somamos a esse fato, a redução drástica com custos de energia, segurança, manutenção e de locação dos seus imóveis comerciais, só torna esta modalidade ainda mais interessante.
Para reflexão: às vezes na vida você perde o que não queria, mas conquista o que nunca imaginou. Você perde o telhado e ganha as estrelas.
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